Pra sempre


Constantemente usamos duas palavrinhas inocentes, porém que possuem um grande peso, de forma leviana. 

Pra sempre. 

Pra sempre não existe, ao menos não na sociedade líquida que eu conheço. Pra sempre é um conceito, uma forma de acalentar a alma contra a efemeridade da vida. Prometemos estar sempre ali por um determinado amigo, mas quando as decepções se acumulam, nos vemos forçados a irmos embora. Prometemos amor eterno, mas muitas vezes essa louca paixão não dura mais que alguns meses. Esperamos que nossos pais estejam sempre conosco, mas um dia a natureza vem cobrar seu pagamento e os leva sem que estejamos prontos para isso. 

A verdade é que “pra sempre” pode ser uma doce ilusão, que se torna devastadora quando se revela em sua essência, apenas mais uma das dolorosas e belas efemeridades da vida. 
Nada é pra sempre. 
Tudo bem deixar ir o que te fez mal, o que te cobrou mais do que deu, o que não foi recíproco. O importante é ser sempre verdadeiro, ser real, ser presente naquele momento que você se propõe a fazer algo, pois quando a hora de partir chegar, você estará pronto para acolher esse adeus com a alma leve e os pés descansados para essa nova caminhada.

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